terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Eu estou pensando em você hoje porque é Natal, e eu lhe desejo felicidade.
E amanhã, porque será o dia seguinte ao Natal.
Eu ainda lhe desejarei felicidade.
Eu posso não ser capaz de lhe falar sobre isto diariamente
Porque eu posso estar ausente, ou nós podemos estar muito ocupados.
Mas isso não faz diferença
- Meus pensamentos e meus desejos estarão com você da mesma forma.
Qualquer alegria ou sucesso que você tenha, me fará feliz. me iluminará por todo ano.
Eu desejo a você o Espírito do Natal.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

‎"Estás comigo no meu pensamento,
em toda a parte e a todo o momento.
Impregnas o ar que respiro
e a paisagem que vejo
como um desejo ou como um beijo...
Formas em meu redor um halo de carinho
e tua presença invisível
da-me impressões deliciosas
de quem carrega uma braçada de rosas
e vai deixando um rastro
de perfume no caminho…"
Menotti Del Picchia
Tenho sonhos que a vida me deu
Que refletem desejos e
sentimentos
Sonhos íntimos, somente meus!
Neles sempre estivestes,
sempre estarás
Como a mais terna e doce
realidade...!!!

sábado, 1 de dezembro de 2012

Vende-se Tudo
No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a f
amília voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:

- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.

- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.
Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.

Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.

Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu. No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.

Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material.
Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.

Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile.

Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde.

Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza:
"só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir,"é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!

Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza, plenitude e felicidade.
São os momentos especiais que não tem preço, as pessoas que estão próximas da gente e que nos amam, a saúde, os amigos que escolhemos, a nossa paz de espírito.

Felicidade não é o destino e sim a viagem.

Martha Medeiros

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Tous Les Visages De L'Amour -Tradução

Canção da Plenitude
Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força -- que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés -- mesmo se fogem -- retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.

Lya Luft

domingo, 18 de novembro de 2012

Desprezo? Não... Não chegaria a tanto,
Minha alma o quis num passado tristonho,
O conheci numa noite em pleno sonho
Desde então varri da mente todo o encanto...


Vazio? Não... Não quero em mim o pranto
Nem deixar alguém triste, magoado,
Deixe que o sentimento morra, seja enterrado
Como um pesadelo esquecido num canto

Ah! Já me refiz de quedas constantes!
Quero esquecer mais esta, que fique distante,
Saio de cena, calma e serena!

Deixar um sentimento que assim termina,
Sem mágoa, sem dor, nada que se lastima.
Amor? Até que sinto, mas não quero pena.

Betânia Uchôa
"Em consideração a mim, cobri-me de recuos.
Eu, que de docilidade me fizera.
Antes avara desse tempo que resta.
Se em muitos me perdi, uma que sou
É argamassa e pedra.

Guardo-te a ti.
Em consideração a mim.
Redescoberta."
Hilda Hilst

sábado, 17 de novembro de 2012

CHARLES AZNAVOUR - HIER ENCORE (legendado)

she-tradução

Soneto do Anjo


Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar! na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! o seio palpitando…
Negros olhos as pálpebras abrindo…
Formas nuas no leito resvalando…

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

Álvares de Azevedo

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ser... não sendo
Hoje foste silêncio,
palavra não articulada,
nota musical não tocada.
Não murmuraste no vento,
não ecoaste na sombra,
não cantaste
a melodia triste das ondas.
Foste voz calada,
boca cerrada,
olhar ausente.
Hoje simplesmente
esgotaste as memórias
do alfabeto,
não juntaste as letras,
esqueceste
que o verbo estar existe,
mesmo não estando.
Hoje foste
ausência de rumores encantados,
vazio repleto
de mudos sons,
reclusão
de exclamações vibrantes.
Hoje, meu amor de ontem,
simplesmente não foste!
Rita Pais
A Tua Boca
A tua boca. A tua boca.
Oh, também a tua boca.
Um túnel para a minha noite.
Um poço para a minha sede.
Os fios dormentes de água
que a tua língua solta num grito cor-de-rosa
e a minha língua sorve e canta
e os meus dentes mordem derramando a seiva
da tua primavera sem palavras
o poema inquieto e livre que a tua boca oferece
à minha boca.
As loucas bebedeiras de ternura
por essa viagem até ao sangue.
Os beijos como fogueiras.
As línguas como rosas.
Oh, a tua boca para a minha boca.
Joaquim Pessoa

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Amor que morre

O nosso amor morreu ... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano morre ... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia ...

Eu bem sei, meu Amor, que prá viver
São precisos amores, prá morrer.
E são precisos sonhos para partir.

E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há de vir!

Florbela Espanca
Eu quero apenas amar-te lentamente
Como se todo o tempo fosse nosso
Como se todo o tempo fosse pouco
Como se nem sequer houvesse tempo.
Joaquim Pessoa
HOJE...SÓ HOJE!!
Hoje!! Quero a intensidade no olhar
A sensibilidade do toque nas mãos
O gosto do beijo molhado nos lábios
Tua pele macia aquecendo a minha
....Teu perfume impregnando o ar
Embriagando-me completamente de ti
Hoje!! Quero te chamar de meu amor
Ser inteiramente tua e ter você pra mim.
(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)
EM CONSTRUÇÃO!!
Eu estou assim...em construção...
Tentando refazer-me por dentro
Jogando fora restos de sentimentos
Despindo-me de lembranças doídas
Limpando as gavetas, abrindo as cortinas
Secando lágrimas, curando as feridas
Dessa vez!! Sendo meu próprio refúgio
Podendo ir e vir quando bem quiser
Acreditando que sou porta aberta
E mesmo sendo guerreira, sou doce
Sou uma frágil menina no corpo de mulher
Estou cansada desse retiro solitário
Desse vazio no peito chamado ilusão
Quero meus sonhos de volta, meu mundo
Um sorriso na face e a magia no olhar
Coração renovado para uma nova paixão
Ah!! Eu estou assim...em construção.
(Kity Araújo)
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)

terça-feira, 13 de novembro de 2012


"Soneto da Separação"
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
 De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Moraes)
Recordações (Francisco Otaviano)

Oh! se te amei! Toda a manhã da vida
Gastei-a em sonhos que de ti falavam!
Nas estrelas do céu via teu rosto,
Ouvia-te nas brisas que passavam:
Oh! se te amei! Do fundo de minh’alma
Imenso, eterno amor te consagrei...
Era um viver em cisma de futuro!
Mulher! oh! se te amei!
Quando um sorriso os lábios te roçava,
Meu Deus! que entusiasmo que sentia!
Láurea coroa de virente rama
Inglório bardo, a fronte me cingia;
À estrela alva, às nuvens do Ocidente,
Em meiga voz teu nome confiei.
Estrela e nuvens bem no seio o guardam;
Mulher! oh! se te amei!
Oh! se te amei! As lágrimas vertidas,
Alta noite por ti; atroz tortura
Do desespero d’alma, e além, no tempo,
Uma vida sumir-se na loucura...
Nem aragem, nem sol, nem céu, nem flores,
Nem a sombra das glórias que sonhei...
Tudo desfez-se em sonhos e quimeras...
Mulher! oh! se te amei!
VOCÊ NUNCA ESTÁ SÓ
Você nunca está só. Sempre ao seu lado
Há um pouquinho de mim pairando no ar
Você bem sabe: o pensamento é alado
Voa como uma abelha sem parar.
Veja: caiu a tarde transparente
A luz do dia se esvaiu... Morreu
Uma sombra alongou-se a seus pés mansamente...
Esta sombra sou eu.
O vento, ao pôr do sol, num balanço de rede
Agita o ramo e o ramo um traço descreveu
Este gesto do ramo na parede
Não é do ramo: é meu.
Se uma fonte a correr chora de mágoa
No silêncio da mata, esquecida de nós
Preste bem atenção nesta cantiga da água:
A voz da fonte é a minha voz.
Se no momento em que a saudade se insinua
Você nos olhos uma gota pressentiu
Esta lágrima, juro, não é sua
Foi dos meus olhos que caiu...
Olegário Mariano

1889 - 1958
Todos os direitos reservados ao autor



sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Foi então que ela viu no calendário
um sofrimento diário
uma dor que tinha número
e uma aflição já havia um mês
foi então que resolveu queimá-lo
e trocá-lo por uma ampulheta
que baixa a dor mais rápido
e mata O amor de vez
Martha Medeiros

domingo, 4 de novembro de 2012

Amália / **Vagamundo** /

Amália /**As mãos que Trago**/

Amália /**Acho inúteis as Palavras**/

Amália /**Meu Limão de Amargura**/

Amália /**Maldição**/


Uma oração pra você
Pedi ao pai para que guiasse seus passos,
Que iluminasse sua mente.
Uma benção especial de sua graça.
Pedi aos anjos para ficarem todo o tempo
Com você,vigiar e proteger,
Em tudo o que você fizer.
Quando eu orei ao pai para que...
Lhe enviasse nas asas dos anjos,um toque
De amor e bondade.
Pedi para que sussurrem em seus ouvidos
Paz e alegria, canções de amor e
Felicidade em delicada sinfonia
Angelical embalando seu sono .
Mas...
Ainda fiz apenas mais um pedido:
Que o pai permitisse que os anjos
Que te protegem,lhe proporcionem
Serenidade.Assim quando você sentir
Uma leve brisa tocando o seu rosto,não se assuste!
Pois são os anjos enviados
De Deus,que pedi que
Viessem te proteger.
William Shakespeare

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade.
Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 30 de outubro de 2012

"Em todas as idas e vindas, obscuramente eu sempre sabia: embora tudo mude, nada muda porque tudo permanece aqui dentro, e fala comigo, e me segura no colo quando eu mesma não consigo me sustentar. E depois me solta de novo, para que eu volte a andar pelos meus próprios pés. A vida é mãe nem sempre carinhosa, mas tem uma vara de condão especial: o mistério com que embrulha todas as coisas, e a algumas deixa invisíveis."

sábado, 27 de outubro de 2012

Minha alma está hoje triste até ao corpo.
Todo eu me doo, memória, olhos e braços.
Há como que um reumatismo em tudo quanto sou...
Fernando Pessoa

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

“É um amor tão certo, verdadeiro e inatacável que, pombas, nem parece amor, parece parentesco.” 
Martha Medeiros
"E eis que em breve nos separaremos
E a verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia
Eu agora sei, eu sou só
Eu e minha liberdade que não sei usar
Mas, eu assumo a minha solidão
Sou só, e tenho que viver uma certa glória íntima e silenciosa
Guardo teu nome em segredo
Preciso de segredos para viver
E eis que depois de uma tarde de quem sou eu
E de acordar a uma hora da madrugada em desespero
Eis que as três horas da madrugada, acordei e me encontrei
Fui ao encontro de mim, calma, alegre, plenitude sem fulminação
Simplesmente eu sou eu, e você é você
É lindo, é vasto, vai durar
Eu não sei muito bem o que vou fazer em seguida
Mas, por enquanto, olha pra mim e me ama
Não, tu olhas pra ti e te amas
É o que está certo
Eu sou antes, eu sou quase, eu sou nunca

Nunca diga te amo se não te interessa. 
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem. 
Nunca toque numa vida se não pretende romper um coração. 
Nunca olhe nos olhos de alguém se não quiser vê-lo se derramar em lágrimas por causa de ti. 
A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você quando você não pretende fazer o mesmo.
Mario Quintana

sábado, 20 de outubro de 2012

Se eu fosse apenas uma rosa,
com que prazer me desfolhava,
já que a vida é tão dolorosa
e não te sei dizer mais nada!
Se eu fosse apenas água ou vento,
com que prazer me desfaria,
como em teu próprio pensamento
vais desfazendo a minha vida!
Perdoa-me causar-te a mágoa
desta humana, amarga demora!
-de ser menos breve do que a água,
mais durável que o vento e a rosa. . .
Cecilia Meireles

IMMORTALITY - Celine Dion (Tradução)

MARCIO GREYCK - O TRAVESSEIRO

Roberto Carlos - Vivendo por Viver

Passatempo - Roberto Carlos.wmv

Resumo - Roberto Carlos


"no espaço perdida sou eu a vagar....!
parabens pelo seu dia
seja tão feliz como eu fui um dia

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

"Retira-te para dentro de ti mesmo, sobretudo quando precisares de companhia."
Epicuro
"A maturidade me permite olhar com menos ilusões,
aceitar com menos sofrimento,
entender com mais tranqüilidade,
e querer com mais doçura."
Lya Luft
A alma dos diferentes é feita de uma luz além.
Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender.
Nessas moradas estão tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente.
A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.
Arthur de Távola

"É tão bom morrer de amor e continuar vivendo."
Mário Quintana




Mário Quintana - o poeta da simplicidade.
"Amar: Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei....O amor é quando a gente mora um no outro."

Charles Aznavour - She - Tradução - 1080p

Charles Aznavour - Hier Encore (Ainda Ontem) - Tradução

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

“Tenho medo de amar. Acho bonito, compreendo, e até tenho vontade de viver um amor. Mas quando isso acaba acontecendo, eu dou um passo para trás. Tenho medo de me envolver e acabar sofrendo. Na verdade, o meu medo não é do amor, e sim de me magoar. Medo de acabar em um quarto sozinha e chorando. Lágrimas não doem, mas pesam. Chorar descarrega a alma, mas é um processo doloroso. E não sei se sou forte para suportar o peso das lágrimas de um desamor.”
"Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo."

Chuva.....Mariza-fado

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Marisa Monte - Depois

"Quero te dar chuva de flores pela manhã. E quando quiseres podes vir colher sorrisos direto do quintal da minha alma. Nunca há de te faltar afeto. E se murchar tua alegria, podes vir buscar uma muda no meu jardim para que a tua floresça outra vez. Se te faltar o vento, eu te sopro carinho. E se te faltarem as cores do dia, a gente pinta tudinho com tons de felicidade. Lá do alto, não te deixarei o lhar para baixo e mesmo que escorregues de uma nuvem molhada, eu não te soltarei a mão, não te deixarei cair. Amizade é isso, teto firme no temporal, água para a sede no deserto, riso pra enxugar a lágrima que cai."

segunda-feira, 15 de outubro de 2012




               O sol, o farol, as gaivotas e... tu e eu.
               A simplicidade que eu desejei ter hoje


‎" O sentimento não suporta tudo. 
Mas é desse tudo que é feito um sentimento:
de choques e prazeres, de desejos e solidão.
O sentimento fatiado não existe.
Lascas só de sentimentos bons: não.
Vem sempre junto a parte estragada"
Martha Medeiros

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Mas peço: lembre de mim como alguém que alcançou a mesma medida do seu sentimento, a mesma profundidade das suas dúvidas, o mesmo embaraço diante da novidade, o mesmo cansaço da luta, a mesma saudade.
Martha Medeiros
Menina, por um triz não fui o que esperavas de mim, faltou-me a coragem, não faltou-me a fissura. Para sempre estarei a te escrever esta carta mentalmente, confusa e fria, mas não impura, já que nela abdico dos meus erros e acertos para revelar apenas o que em silêncio te dedico, um amor injulgável, imedível, totalmente irresponsável, amor que abraça o sofrimento para testar sua resistência e que acredita, de maneira um tanto tola e quixotesca, que só este tipo de amor é que perdura.
Martha Medeiros
Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la.
Martha Medeiros
O rio que me percorre já não transborda
passou a época das chuvas lacrimais
as águas correm lentas,as margens observam
ouve-se novamente o som da floresta
plantas crescendo lentamente
os frutos podres caindo por terra
não há nada de novo ou de velho
o tempo deu consciência à minha tristeza.
Martha Medeiros

sábado, 6 de outubro de 2012

No azul silento do céu 
Brilha uma estrela sozinha
Concerteza que é a minha
Tão sozinha como eu

Já farta de mendigar 
A esmola de um olhar teu
Fui meus olhos repousar
No azul silento do céu

No firmamento sem fim 
Que a mão de Deus acarinha
Talvez com pena de mim
Brilha uma estrela sozinha

A sua luz lembra bem 
A que dos teus olhos vinha
Mas a constância que tem
Concerteza que é a minha

Passo as noites a revê-la 
Na graça que Deus me deu
Ando presa a essa estrela
Tão sozinha como eu

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


De mim te separaste há muito e eu senti...
Nunca o disse - digo agora - e lamentei sempre, esse seu alheamento de mim.
Nunca entendi e continuo a não entender,
será que o mereci?
Penso que não e não esqueci, mas continuei
por aqui e por ali.
E hoje, parece haver uma despedida real
Para mim, foi há muito mais tempo!
E sempre o lamentei e lamento!
(Vivencias)

Amar como eu te amei


"Amar como te amei ninguém mais ama
E tanto que nem sei se vale a pena
Amar e sempre amar quem mais clama
O nosso desamor feito dilema

Um dar e não saber se quem recebe
É cego ou não quer ver toda a saudade
Que existe e que persiste e não percebe
O triste deste amor em fim de tarde

Ninguém mais do que tu foi tão verdade
Das coisas que nos dão razão à vida
Prisão que ontem foi de liberdade
E hoje se transforma em chaga viva

Amar como te amei ninguém mais ama
De tanto que nem sei se vale a pena
manter nesta paixão acesa a chama
ou apagar num sopro este dilema"

eu era o lago de águas paradas
tu foste a pedra que o fez ondular
eu era o sonho que o sono retarda
tu sem querer me foste acordar
eu era a cinza já arrefecida
de um amor antigo que me fez sofrer
tu foste à cinza com um sopro dar vida
e uma chama ardente fizeste nascer
eu era moinho que já não moía
porque já não tinha grão p'ra moer
tu foste a brisa que soprou um dia
as velas paradas fizeste mexer
eu era o livro que já se não lê
porque está guardado num canto da casa
eu era o espelho onde se não vê
tocha apagada que tornaste brasa...
foste a pedra
o despertar
o sopro
a brisa
foste tudo isso
até  que te foste
e hoje
eu voltei ao que era